Meu amigo Renan trouxe dicas valiosíssimas sobre a linda cidade de Berlim para nosso blog. Obrigada meu amigo querido por compartilhar conosco sua experiência, amei as dicas e agora não vejo a hora de conhecer Berlim!!!! Aproveitem as dicas:
Visão Geral
Apesar de ser a capital da Alemanha, Berlim não é o centro financeiro e comercial do país, nem mesmo tão próxima de suas fronteiras, o que a torna uma cidade de custo de vida razoável. Você não vai pagar muito caro nem por alimentação, nem por atrações culturais—a não ser que você queira. Aliás, não faltam atividades culturais e atrações históricas, uma vez que a cidade de Berlim protagonizou tantos eventos de importância mundial ao longo do século XX: sobreviveu a duas Guerras Mundiais, porém destruída; foi reconstruída dividida em zonas de ocupação americana, inglesa, francesa e soviética por mais de quarenta anos e enfim reerguida como uma das grandes capitais da Europa.
Não precisa alugar carro pra passear em Berlim. O transporte público é bom, pontual e eficiente. Você pode comprar tickets que servem para quaisquer meios de transporte com diferentes validades: uma viagem, duas, dia todo, sete dias, ou ainda um mês inteiro. Esses de longo prazo valem a pena, pois você pode usar o transporte público ilimitadamente—dá pra se perder à vontade! Se você não planejar visitar Potsdam ou o campo de concentração de Sachsenhausen, basta comprar o ticket válido para as áreas A—B, desconsiderando a área C. (Lembrando que o aeroporto Schönefeld também fica na área C).
As estações e paradas são indicadas por S (S-Bahn, trem teoricamente subterrâneo), U (U-Bahn), Tram (ou Straßenbahn, um elétrico que só opera na parte oriental da cidade) e Bus. Compram-se todos os tickets em terminais de autoatendimento em qualquer estação, com dinheiro e às vezes cartão. Qualquer itinerário por meio de transporte público pode ser planejado no site da BVG: http://www.bvg.de/en/ .
O QUE VISITAR
I. De Brandenburger Tor a Alexanderplatz
Começando pelo bairro central de Berlim (que chamam de Mitte), o primeiro monumento que se deve visitar é o Portão de Brandemburgo (Brandenburger Tor). Ele foi erguido como um monumento de vitória e orgulho nacional no fim do século XVIII e não tem relação direta nem com as duas guerras mundiais, nem com a guerra fria, apesar de ser muitas vezes identificado com elas. Se olhar bem de perto as colunas do monumento, pode-se ver marcas de tiros já que o famoso Muro de Berlim fora erguido logo atrás da construção.
Atrás do Portão fica o Tiergarten, que é como um Central Park de Berlim. Além de o jardim ser imenso, há vários espaços muito bonitos ali dentro e, na primavera e no verão, alguns eventos ao ar livre. Aliás, muitos dos grandes lagos de Berlim são abertos para banhistas na estação quente. Mesmo no inverno o Tiergarten é um passeio imperdível!
À direita do Portão está o grande Prédio do Parlamento alemão (o Reichstagsgebäude). O prédio fora destruído durante a segunda Guerra Mundial, mas completamente restaurado e conta hoje com uma belíssima cúpula de vidro de onde se enxergam as sessões plenárias no prédio abaixo e também se pode ter uma visão de 360° da cidade, com direito a áudio-guia que acompanha o seu trajeto pela cúpula (até em português)! É aberto para visitação gratuita (!), mas precisa ser agendada pela internet. Mais informações aqui: http://www.bundestag.de/htdocs_e/visits/kuppel/kupp/245686 . A entrada é bem rigorosa, parecida com embarque de aeroporto.
Duas quadras à esquerda do Portão, encontra-se o Memorial aos Judeus Mortos da Europa (Denkmal für die ermordeten Juden Europas), uma extensa área repleta de grandes blocos maciços de concreto que formam como um labirinto—a interpretação vai de cada um. No subterrâneo há um museu bastante interessante e de visitação até rápida. Também é gratuito.
Mais três quadras adiante fica a praça mais moderna da cidade: a Potsdamer Platz. Por ali há alguns poucos resquícios do antigo Muro de Berlim e, dominando a paisagem, logo se vê o Sony Centre: em si uma obra de arte, ele conta com um pequeno museu do cinema, várias lojas e alguns restaurantes. Mas, veja bem, é uma das áreas mais caras de Berlim.
Perto dali, há um museu de entrada gratuita sobre a Alemanha nazista e a segunda GM chamado Topografia do Terror (Topographie des Terrors). Toda a instalação foi erguida sobre as ruínas de um antigo Bunker (espécie de esconderijo subterrâneo fortificado), o que é algo por si só interessante. O museu, no entanto, contém muitas imagens e documentos e leva bastante tempo para ser devidamente estudado. Muito interessante, mas se for pra estudar, vá com bastante tempo.
Voltando para o Portão de Brandenburgo e virando as costas para ele, estende-se a sua frente a belíssima avenida Unter den Linden, ladeada de árvores que dão nome à avenida. É uma área muito cara para se comer (um simples lanche por aqui custa em média dois euros a mais que em outras áreas), mas o passeio é válido e bonito.
A Ilha dos Museus (Museumsinsel) é o próximo ponto de interesse. Está a uns 30 minutos de caminhada do Portão de Brandemburgo pela Unter den Linden e vale a visita pela beleza da praça e dos prédios mesmo que você não goste muito de museus. Essa área fica numa ilha de verdade, bem no meio do rio Spree. Conta com museus de arte antiga, moderna e contemporânea, todos incríveis. Se precisar escolher só um, destaque para o museu Pergamon, que abriga fachadas inteiras de prédios da antiguidade greco-romana e arte islâmica.
Perto dali se encontra a maior igreja protestante da cidade: o Berliner Dom. A entrada para igreja (belíssima!) é gratuita, mas vale a pena pagar a entrada para subir até a cúpula, que oferece mais uma visão 360° de Berlim, a partir de outro ponto. Abaixo da igreja há uma cripta e um café.
Mais adiante da Ilha dos Museus está a famosíssima Alexanderplatz. É uma praça com muitas opções não tão caras onde comer e muito provavelmente a sua parada para souvenires vai ser aqui. O destaque vai para o prédio vermelho da prefeitura da cidade (das Rote Rathaus) e para a famosa torre de TV (Fernsehturm). O topo da torre é o ponto de maior altitude da cidade e garante uma vista privilegiada! A subida, no entanto, é um pouco cara: pouco menos de vinte euros, além de uma fila com espera de aproximadamente meia-hora—com sorte.
II. Outros pontos
Além desse eixo Portão de Brandenburgo—Alexanderplatz, há muitos outros pontos de interesse que com certeza valem a visita:
Parque do Muro (Mauerpark)
O jeito mais legal de chegar lá é pegar um metrô até a estação S Nordbanhof e a partir dali caminhar pela Bernauerstraße ao longo de todo o parque.
Ali existem vários informativos (em alemão e inglês, com áudio e vídeo) sobre a história da construção de todo o complexo do muro. Bastante instrutivo e gratuito. Mais adiante há ainda um prédio com uma plataforma de onde se pode ver uma boa extensão de partes remanescentes do antigo Muro de Berlim.
East Side Gallery
O jeito mais fácil é chegar até a estação S+U Warschauerstraße e dali caminhar até a Mühlenstraße e percorrer toda a extensão do mais longo trecho ainda existente do Muro de Berlim. Aqui as ruínas foram transformadas em murais ao ar livre, com obras de vários artistas famosos e uma série de imagens icônicas. Esse trecho não é muito informativo como o Mauerpark, mas é a parte mais famosa do Muro.
Olympia Stadion
Uma das duas únicas construções nazistas ainda de pé, o estádio olímpico é uma construção bastante imponente, e nos arredores se encontram alguns informativos sobre sua construção. Próximo a estação U Olympia-Stadion.
Treptower Park
Antigo aeroporto da cidade, foi muito importante para que o lado ocidental de Berlim conseguisse mantimentos durante o isolamento da Guerra Fria. Hoje é um grande parque que abriga um enorme monumento soviético de guerra. Próximo da estação S Treptower Park.
Campo de concentração de Sachsenhausen
Apesar de haver um certo desconforto em se falar de campos de concentração, eles são hoje como museus e importantes monumento de memória. Não cheguei a visitar esse campo, mas em geral esse tipo de passeio é muito instrutivo e nos abre os olhos para o que a sociedade moderna é capaz de fazer. O campo de Sachsenhausen fica a aproximadamente uma hora de Berlim, mas é fácil chegar lá: você pode pegar a linha S1 com direção a Oranienburg a partir da estação Friedrichstraße.
Potsdam
Potsdam é uma pequena cidade a aproximadamente meia-hora de Berlim que dá pra se visitar rapidamente em um dia. Tem um grande jardim e alguns palácios que vale a pena conhecer. Pode-se pegar um trem a partir da estação Friedrichstraße, que sai a cada 60 minutos. Se der tempo, é uma belezinha! Destaque para o Palácio de Sanssouci <https://en.wikipedia.org/wiki/Sanssouci>, deliberadamente inspirado no Palácio de Versailles, na França.
Espero que tenha sido de alguma ajuda para saber mais sobre o que visitar. Quanto à comida e à bebida, não tenho tantas recomendações específicas, a não ser o seguinte: não deixe de provar um Currywurst acompanhado de cerveja ;-)
Mais fontes:
http://www.frommers.com/destinations/berlin